terça-feira, 29 de julho de 2008

Espaço, estrelas e alguns segredos

"Observamos as estrelas por que somos humanos ? Ou, somos humanos por que observamos as estrelas ?"

Esta citação foi retirada do livro/filme "STARDUST". Realmente olha para o céu, contemplar as estrelas nos faz questionar as razões de nossa existência aqui embaixo. O céu, principalmente aquele noturmo salpicado com o brilho madrepérola das estrelas e com uma lua cheia bem grande, parece ser o mapa do mistério.

Gostamos de alimentar em nossas mentes a idéia de que em algum lugar desse cosmo infinito existe a resposta para os mistérios da vida e da morte. Isso acalma nossos corações e nos ajuda a suportar a noção da qual nunca alcançaremos a resposta alguma para nossas vãs filosofias. Talvez iluminado pelo brilho do ouro de uma seuper nova, esgueirando-se entre as constelações do zodiaco ou fazendo o possível para não esbarrar no cambaleante cometa Halley, a resposta paira junto a todos os corpos celestes suspensos no vácuo infinito. Enquanto nossas dúvidas retorcem-se em nosso vácuo mental interior.

Olhar para o espaço é similar a admirar as engrenagens de uma máquina bem azeitada. Certa vez ouvi dizer que pela sua precisão podemos compara-lo a um relógio. Os corpos celestes seriam volantes, as galáxias representaria as incessantes horas,minutos e segundos iluminados pela luz dos ponteiros, aqui sendo as luzes que cortam o cosmo levando e trazendo informações entre galáxias distantes.

A luz, como em todas as metáforas possiveis, sempre traz consigo novos conhecimentos. No espaõ não é diferente. Ao observarmos um planeta distante na verdade o que vemos é o tempo que sua luz levou para chegar até a Terra, logo o corpo celeste mirado está muito bem estacionado no passado. É como ver uma velhas fotografias, algumas já podem até estar mortas.

Em todas as culturas que já caminharam sob este sol olhar para as estrelas e todos os fenômenos espaciais (eclipses, nascer do sol, as fases da lua e por ai vai) sempre foi preponderante. Era de se acreditar na redenção sendo anunciada no céu, assim como todas as cargas de desgraças possíveis de serem jogadas sobre a humanidade também virima de lá. Para algumas corrente de pensamento o Paraíso é o céu. Enfim, é como se o céu fosse um grande mural de avisos "desgraça em forma de chuva de fogo as 12:00h". Acredia-se na influência da lua sobre as marés e até sobre as pessoas. A Biblia cita um caso interessante em Mateus, capítulo 4 versículo 24 "sua fama espalhou-se por toda Síria, traziam-lhe doentes e os enfermos, os possessos, os lunáticos e os paraliticos. E ele curava todos". Os lunáticos aos quais o texto se refere são os epiléticos, naqueles dias acreditava-se que essas pessoas sofriam a influência da lua.

Sabe, daria para encher linhas e mais linhas falando da smaravilhas do céu, das estrelas ede tudo o que há neles. Mas por hora ficamos por aqui. Quem sabe num post futuro retomaremos esse assunto

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Metáfora e efeito

No decurso do tempo deixamos uma infinidade de coisas para trás, as tais lembranças. Elas representam metafisicamente aquilo que fisicamente e temporalmente não está mais entre nós e nem tão próximo. Há quem tenha lembranças de coisas nem sequer vividas ou vistas, uma tal de saudade do que não existiu. Mas esse assunto eu deixo para outra pessoa.

As vezes me pergunto qual metáfora, dentre as várias que existem, ilustra melhor o tempo. Um rio onde deixamos muitas coisas no seu transcurso, ou uma longa estrada reta onde a todo momento são caidos e erguidas novas formas. Isso só para citar algumas dessas metáforas. É normal que se o tempo for um rio, alguns nadem até sua margem para recolherem o que puderem. E se for uma estrada muitos talvez corram, para nunca serem pegos pelas modificaçõesaceleradas que são implementadas por vários fatores, em sua maioria intempestivos a nossa vontade.

Talvez a metáfora "mor" do tempo seja umrelógio bem acelerado. Impossível de ser acompanhado. Seu efeito sobre nós é a sensação de termos aproveitado nada ou tudo muito rápido. De que estamos ficando velhos, das coisas acontecendo mais rápido. Ansiedade da rapidez, medo do que está por vir. Desespero que quere viver tudo ao mesmo tempo, afinal "o tempo voa". Minutos, segundos, milésimos, muita coisa não acham ? E tudo mentira

Em tempos de globalização a principal ilusão que temos é a do encurtamento de distâncias proporcional ao tempo da velocidade das modificações. Quando na verdade as distâncias são as mesmas, o tempo real sempre será o mesmo, é a distância que nos separa e nossa dificuldade em nos comunicarmos sempre será igual. Estamos tão distantes uns dos outros quando na Idade Média. Espiritualmete e mentalmente cada ainda terá sempre o mesmo tempo de maturação. Não tecnologia que possa romper a barreira do tempo e seus legitimos processos naturais

Cada um tem seu tempo. O relógio jamais vai poder lhe ditar a hora de fazer algo. Não considere as ilusões desse tempo mecânico, tudo o que ele provoca em você é falso. Com exceção da saudade e de alguma melancolia, normias e até saudáveis, em todos aqueles que olham o tempo em si. Medo, angústia e ansiedade não são do tempo. São só sentimentos da crescente necessidade de romper os ciclos do "relógio". Viva o seu tempo.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Nosso tempo e espaço

As coisas tem seu lugar no tempo e no espaço. Um mundo cresce ao nosso redor. Nós o moldamos ou seus contornos pré-determinados guiam nossas mãos ? Levantei essa questão no final do post anterior pensando na forma como percebemos a passagem do tempo: nas alterações fisicas ao nosso redor. Onde antes havia um terreno baldio e hoje existem um shopping modernoso pensamos "nossa o tempo passa, as coisas mudam". Ver algo reformado, melhorado costuma evocar em nós lembranças de antigamente. De como era um lugar, de experiências vividas. O tempo também provoca emoções e sentientos. Só que isso é assunto para um post mais adiante.

A sombra de uma criação pode estar oculta no espaço ? Em uma enorme rocha pode existir uma grande estátua pronta para ser esculpida ? Pensar no tempo é também pensar no espaço. Nesses dois elementos, diametralmente opostos e concomitantemente complementares, residem a força da criação. Espaço vai além de saber o lugar em que se está e em que momento. Esse espaço pode ser o ponto de onde observamos a multifacetada e intrincada jóia do tempo. Muito embora insistamos em ver um lado por vez dessa jóia, ela acontece simultaneamente em todos os espaços

Faça uma experiência. No instante em que você caro leitor ou cara leitora, lê esse texto, ao mesmo tempo, num futuro você estará desligando seu micro e num passado poderá estar ligando-o (esse gerundio está digno de um atendente de telemarketing). Outra forma. Converse com alguém. Durante esse papo, mentalmente evoque uma conversa dita como essa mesma pessoa no passado, talvez nesse mesmo lugar. Tente traçar um parelelo com a conversa de agora.

Tente imaginar a confusão estabelecida na cabeça de um humilde relojoeiro quando Albert Einstein provou que o tempo difere de um lugar para o outro "que tudo é relativo". Com certeza esse humilde relojoeiro questionou-se sobre a validade de seu oficio. Isso num instante que o tempo industrial é ratificado como um mero elemento de controle das atividades industrias e regente da vida urbana. O tempo das atividades campestres, que remonta a forma como era visto entre os arcades e os nômandes é insuficiente na compreensão de seus "ciclos naturais".
E o tempo volta a ter uma nova importância cientifica e quântica, irradiando novas luzes nos olhares da ciência e da filosofia.

Em cada monumento ou lugar estão registradas as impressões dogitais da ação do tempo. Mas as impressões mais vividas essas estão na memória e no coração. Assuntos para os próximos posts.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Nós e o Tempo

Eu sou relojoeiro. Não do tipo que conserta ou entende de relógios. Eu sou relojoeiro que vê o tempo passar. Isso não faz de mim um desocupado (talvez um pouco, afinal tenho um blog e isso nem é meu ganha pão), sou aquele que tenda entender o seu lugar no tempo e no espaçõ e faço isso observando o os aconrecimentos ao meu redor e as pessoas.

O tempo é uma obssessão minha. Acho medieval a foram como a humanidade tenta aprisionar a rodopiante areia do tempo numa reles ampulheta de vidro. Ou encaixa-lo entre as engrenagens de um relógio de ponteiros retos porém umprecisos em sua vã tenbtativa de marcar e seguir o tempo real. Nem mesmo os digitais em toda sua tecnologia são exatos. E não falo em estar atrasado ou adiantado. Marcar o tempo dessa forma é um equivoco.

A essência do tempo reside na vida e na serenidade e plenitiude. Tempo é vida, Deus é o tempo. Os relógios só servem para exaltar as pessoas. Quem não sente a angústia de "ver o tempo passar", observando os ciclos do ponteiro do relógio, ou aqueles numeros bem pequenos no canto dos visores dos relógios digitais. As sensações mais comuns nessas "horas" são: estou atrasado, ou o tempo está passando e eu não estou vivendo.

Pensa-se no tempo de forma maldita. É o tempo que não dá, é tempo que é curto, é o tempo que não passa. Ao meu duas das maiores falácias da humanidade são as seguintes expressões: estou perdendo tempo ou vou ganhar tempo. Isso é ilógico. Ninguém ganha ou perde tempo. O seu relógio de pulso pode até indicar isso, agora leve em conta que o dito cujo não passa de um simulacro do tempo real, não nenhum sentido em se preocupar com o que ele indica.

Existem alguns relógios muito bonitos. Quanto mais velhos e bem trabalhados mais caros. Isso não passa de uma tentativa de reproduzir a verdadeira beleza do tempo. Mas não vejo mau nenhum em observa-los como boas obras de arte, desde que não funcionem

Talvez o melhor refeencial para o tempo seja a história. Estuda-la a juda a se situar no tempo e no espaço e entedenr um pouco do mundo onde se caminha. Porém até nela podemos cometer anacronismos. Isso acontece quando julgamos valores e costumes de sociedades passadas a partir dos nosso valores e costumes atuais. O que é "moderno" o que é "retógrado". Muito tempo atrás está associado ao velho e ultrapassado. Só que tudo que é capaz de sobrevicer ao julgamento do tempo nunca é deixado para trás

Um mundo cresce ao nosso redor. As coisas tem seu lugar no tempo e no espaço. Moldamos esse mundo ou seus contornos pré determinados guiam nossas mãos ? Pensem nisso e discutiremos num próximo post